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1 de setembro de 2006

Mzuri Sana é insano!

O escritor Machado de Assis serviu de inspiração para Ópera Oblíqua, o segundo CD do trio de rap Mzuri Sana, formado pelo DJ Suissac e pelos MCs Parteum e Secreto.

O grupo volta ao mercado fonográfico três anos depois de lançar seu álbum de estréia, Cidades, Estrelas e Constelações (2003). "Machado de Assis foi um escritor negro, descendente de escravos, que mudou muita coisa em nossa literatura", conceitua Parteum.

Masterizado em Nova York no estúdio Sterling Sound por Chris Athens, Ópera Oblíqua chegará às lojas em outubro, pela gravadora Trama, com 14 faixas interligadas e temas instrumentais.

Definição (música de que participam o baterista Iggor Cavalera e o rapper Rappin' Hood), Era uma Vez Três... e O Que É o Que É? são algumas faixas do trabalho.


Fonte: O Dia Online

6 comentários:

Anônimo disse...

Precisamo avisar o Parteum que Machado de Assis nunca assumiu sua negritude. Aliás, seus textos mal tocam no assunto (nunca em peimeira pessoa). Sentia-se ofendisdo quando lembrado que era negro! Aliás, no seu primeiro cd, este grupo Mzuri Sana ridicularizou os baianos, povo numericamente, mais negro do Brasil e fora da Africa. Se é pra bancar o litero-intelectual do rap nacional e fazer jus aos que representaram, literariamente, nossa negritude, comecem por Luís Gama.

Só!

Nelson Maca
Blackitude - BA

AND3 disse...

Esse 'ridicularizam' ae vc esta enganado. Não foi 'tirando' o povo Bahiano de forma alguma, só quis especificar que o cara era 'soteropolitano' mais nada. Agora essa parte literária não posso opinar ... valew

Parteum disse...

Não tem problema não. Quando você quiser pode lançar um disco homanageando Luis Gama. Nunca ridiculizaria minha raiz. Meu avô paterno é baiano, já fui praí algumas vezes, e sempre gostei daí. Acho que você não me conhece o bastante pra entender minhas intenções artísticas. Bancar o litero-intelectual? Eu? Ópera Oblíqua, pois Machado era tão miscigenado e equivocado (fora dos livros) quanto você com esse comentário, Nelson. Mas eu não te odeio, não tenho força pra isso. Quando quiser:

parteum@mzurisana.com

Essa terra é nossa, meu rei!

Parteum disse...

Bancar o litero-intelectual? Eu? Machado era tão negro e equivocado quanto o seu comentário, Nelson. Não acho que isso diminua o valor de tudo que o mesmo escreveu em suas obras, você acha? De repente você pode homenagear Luis Gama em um disco seu.
Quanto a suposta "tirada" com os baianos aqui vai: O Suiss foi nascido e criado na capital, Salvador, Nós o chamamos de baiano, só pra vê-lo nos corrigir e dizer que é soteropolitano. Simples, não é? Já fui algumas vezes praí, pois meu avô paterno é baiano. Não consigo entender como posso diminuir o estado mais negro do Brasil ao chamar meu DJ de baiano. Talvez o racismo esteja em você, assim como o medo de Machado de não ser aceito como negro que era.
Ópera Oblíqua num instante. Acredite.

Parteum disse...

Bancar o litero-intelectual? Eu? Machado era tão negro e equivocado quanto o seu comentário, Nelson. Não acho que isso diminua o valor de tudo que o mesmo escreveu em suas obras, você acha? De repente você pode homenagear Luis Gama em um disco seu.
Quanto a suposta "tirada" com os baianos aqui vai: O Suiss foi nascido e criado na capital, Salvador, Nós o chamamos de baiano, só pra vê-lo nos corrigir e dizer que é soteropolitano. Simples, não é? Já fui algumas vezes praí, pois meu avô paterno é baiano. Não consigo entender como posso diminuir o estado mais negro do Brasil ao chamar meu DJ de baiano. Talvez o racismo esteja em você, assim como o medo de Machado de não ser aceito como negro que era.
Ópera Oblíqua num instante. Acredite.

Anônimo disse...

E aí, Parteum,

sou o Nelson Maca, que postou o comentário no toca-disco público. O Rangel me encaminhou seu e-mail! Achei interessante receber o artigo sobre Machado!

Cara, longe de mim querer odiar qualquer pessoa, apenas senti-me, de verdade, ofendido com aquela brincadeira do 1º cd do mzuri - apesar d'eu não ser baiano - sou do Paraná. Quando tive oportunidade, fiz uma provocação: mais para estimular um debate que arranjar inimigos. Leio e gosto de Machado de Assis, especialmente Memórias Póstumas de Brás Cubas. Minha intenção no hip hop não é arranjar inimigos, e sim debatê-lo de maneira reta. Concordo que cada qual deve fazer suas escolhas. Enquanto discussão racial, para mim, como participante do movimento da Negritude, politicamente, Luis Gama é uma postura, e Machado uma imensa interogação. Acho também que precisamos de soma e não subtraçção. Fui irônico - concordo. Não te conheço - concordo. Mas tenho opinião. Ela jamais será uma verdade absoluta, (mas) apenas um ponto de vista. Que pode mudar - sem problema. Ter falado algo que, de certa forma, te envolvesse não foi por questões pessoais de forma alguma, pois não te conheço ao menos. Mas você sabe: quando temos visibilidade atraímos os mais diversos comentários. Que o debate seja duro, mas que não deixe de ser saudável.

É isso!

Com sinceridade,
Nelson Maca