RM - O que impulsionou a formação e criação do Fya Dub? Em que época e contexto se encontrava o cenário reggae paulista e o que mais os motivou a mergulhar no projeto?
RAS – Salaam Aleykum. Saudações Dacal e a todos do Reggae Movimento.
O FyaDub é culpa da Renata Sacilotto rsrs... ela que fez o site FyaDub. Há dois anos e pouco atrás, ela queria fazer algum trabalho on line sobre reggae, dub, dancehall... e agora ela está se dedicando mais ao ska e rocksteady. Eu acabei fazendo um textinho rápido sobre dub pra ela por no site e uma galera gostou. O FyaDub com o passar do tempo foi criando um conceito, não se tratando apenas de novidades que são lançadas, mas com um conteúdo mais informativo. Nessa, acabei escrevendo mais algumas coisas para o site e chegou nos moldes que ele está hoje.
Particularmente, o reggae paulista nunca me agradou, nem o paulista nem de outros estados, com algumas poucas exceções. As bandas brasileiras são muito caricatas, tentam imitar as bandas jamaicanas da década de 70, mas na real imitam muito mal, se preocupam em usar um vestuário ridículo e na maioria das vezes se esquecem da música. Muitas até hoje ainda não se ligaram que já se passaram 30 anos e não é mais daquele jeito, nem na Jamaica. Devido a isso, saem matérias como a da Veja dizendo que o reggae nacional está morto. É o que os tablóides vêem, como todo mundo que enxerga vê. Sempre aparecem bandas de caras que não sabem nem ao menos tocar uma linha de baixo com letras adaptadas do pagode. O negócio é vasculhar, tem muita banda boa que não aparece na mídia.
RM - Fale um pouco de suas referências, os sons que escutou e que acredita que foram importantes para compor quem você é e o que você faz.
RAS – A minha principal referencia quando comecei foi um grupo chamado Black Panters. Eram o Cassius, Cranium que é falecido, e o Mohamad que participou de algumas festas de dub aqui em SP. O Zulu foi quem me apresentou muitas idéias e sons, e também o Fox que hoje está no Leões de Israel. Essas foram as minhas referências quando comecei. Não era uma coisa de apenas tocar uma música, era ter fino trato com a música e buscar entender o que era falado nos sons. O grupo de Hip Hop Poor Righteous Teachers, que era um grupo Islâmico, tinha as idéias muito parecidas com as minhas, então também os tinha como referência. Jeru The Damaja, Black Moon, DAS EFX, Fugees, Da Bush Babees, Mad Lion, Buju Banton, Cutty Ranks, esses foram os artistas que eu ouvia e tinham mais haver comigo. A partir desses eu fui pesquisando as referências deles e aí foi fácil chegar a King Jammy, Bob Digital, Tappa Zukie e por ai vai.
Leia mais no site Reggae Movimento!!
++super indicado
1 comentários:
Sensacional a entrevista! Informação nesecessaria! Vibes positivas!
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